ACESSO DE USUÁRIOS DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE AOS MEDICAMENTOS PRESCRITOS

Autores

  • Tamara Simão Bosse
  • Larissa Oliveira
  • Luciane Bisognin Ceretta
  • Indianara Reinaud Toreti Becker

Palavras-chave:

Assistência farmacêutica, Medicamentos, Prescrição de medicamentos

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar se os usuários do Sistema Municipal de Saúde de Criciúma têm acesso aos medicamentos prescritos em Unidades de Saúde, bem como a análise das justificativas e orientações disponibilizadas pelos profissionais em casos de indisponibilidade de medicamentos. A pesquisa foi realizada em 20 unidades de saúde e foram entrevistados 30 usuários por unidade. Além da entrevista estruturada, foi realizada análise das prescrições e observação do processo de
dispensação de medicamentos, incluindo as justificativas apresentadas ao usuário em casos de indisponibilidade de medicamentos. Foram coletadas 739 prescrições com média de 1,2 prescrições por pessoa. Ao todo foram prescritos 1.241 medicamentos, sendo em média 2,07 medicamentos por prescrição. Destes, 77,4% foram prescritos pelo nome genérico. Diferentes profissionais dispensaram medicamentos e em 54,67% dos casos esta atividade foi realizada pelo técnico de enfermagem, seguido de 11,33% pelo enfermeiro e 10,50% pelo farmacêutico. Os agentes comunitários de saúde realizaram 9,83% das dispensações observadas. Do total de medicamentos prescritos, 46,2% não estavam disponíveis. Dos 46,2%, 243 eram medicamentos não padronizados pela Relação Nacional de Medicamentos Excepcionais. Para as situações em que o medicamento não estava disponível, 43,3% das justificativas apresentadas pelos profissionais foram incorretas. Em 61,1% dos casos o paciente não recebeu nenhum encaminhamento sobre como poderia ter acesso ao medicamento prescrito, sendo
que destes, 80,3% teriam acesso ao medicamento se encaminhados a outro serviço de saúde da rede municipal. Dos entrevistados que receberam encaminhamentos, 8,3% a informação repassada foi inadequada. Os resultados apontam para a existência de dificuldades de acesso aos medicamentos. Dentre as situações que dificultaram o acesso, houve a indisponibilidade do medicamento por falhas no gerenciamento dos estoques, a existência de medicamentos prescritos fora da padronização,
desinformação, por parte dos profissionais de saúde sobre os medicamentos disponibilizados e a falta de organização da Assistência Farmacêutica Municipal.

Biografia do Autor

Tamara Simão Bosse

Farmacêutica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. Residente do Programa
Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família Turma 2010 da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma. SC, Brasil.

Larissa Oliveira

Farmacêutica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. Residente do Programa
Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família Turma 2011 da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma. SC, Brasil.

Luciane Bisognin Ceretta

Enfermeira, Doutora, Coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma. SC, Brasil e do PET Saúde do
Ministério da Saúde.

Indianara Reinaud Toreti Becker

Farmacêutica, Mestre, Tutora da Farmácia no Programa de Residência Multiprofissional em Atenção
Básica/Saúde da Família da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma. SC, Brasil.

Publicado

30.06.2013

Como Citar

Simão Bosse, T., Oliveira, L., Bisognin Ceretta, L., & Reinaud Toreti Becker, I. (2013). ACESSO DE USUÁRIOS DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE AOS MEDICAMENTOS PRESCRITOS. Revista De Saúde Pública De Santa Catarina, 6(2). Recuperado de https://revista.saude.sc.gov.br/index.php/files/article/view/89

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