COMPARAÇÃO ENERGÉTICA E DE MICRONUTRIENTES ENTRE DIETAS ENTERAIS FORNECIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores

  • Maria Alice Maurina
  • Simone Carla Benincá
  • Diana Souza Santos Vaz
  • Marina Hamerski
  • Dalton Luiz Schiessel
  • Vania Schmitt
  • Caryna Eurich Mazur

Palavras-chave:

Rotulagem de alimentos, Alimentos formulados, Terapia nutricional, Nutrição enteral

Resumo

A Nutrição Enteral é considerada como um alimento utilizado para fins especiais, com a ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não. O objetivo desse estudo foi analisar os rótulos de alimentos de Nutrição Enteral comparando energia e micronutrientes entre dietas alimentares especiais fornecidas pelo Sistema Único de Saúde de Guarapuava, Paraná. A pesquisa foi realizada na Secretaria de Saúde do município, e foram analisados 15 rótulos de embalagens de fórmulas de NE. Foram analisadas fórmulas enterais indicadas para via oral e sonda e avaliados os valores de energia macronutrientes (carboidratos, proteína e lipídios) além de vitaminas (A, C e B12) e minerais (cálcio e ferro). A padronização dos nutrientes está de acordo com 100 gramas do produto e também no total diário, de acordo com o fabricante considerando, 6 refeições ao dia, com cerca de 35g do produto reconstituído em água. Seis produtos (40%) eram fórmulas completas, e somente uma (6,7%) era especializada, para distúrbios renais. Ainda, observa-se que a frequência maior de produtos era de módulos (46,7%). Quanto ao custo, observou-se que a diferença aproximadamente entre o mínimo e máximo é de R$50,00 para cada produto. Quando há comparação entre as fórmulas enterais em termos de vitaminas e minerais obtém-se diferença estatística entre todos os micronutrientes avaliados. Para a vitamina A média foi de 490,70mg, para a vitamina C 51,27mg, para a vitamina B12 a média foi 1,52mg, para o ferro foi 7,63mg, e por fim o cálcio com a média 418,25mg. Quando consideradas apenas as fórmulas completas, a média de calorias diárias foi diferente entre as fórmulas analisadas (867,2±270,5 Kcal) (p<0,05). O mesmo ocorreu com os carboidratos, proteínas e lipídios (p<0,05). Vale ressaltar que poucas fórmulas conseguem suprir as necessidades de pacientes que necessitam de dieta especializada e com valores especiais de calorias diárias com melhoria de nutrientes.

Biografia do Autor

Maria Alice Maurina

Nutricionista graduada pela Faculdade Campo Real. Guarapuava, PR.

Simone Carla Benincá

Nutricionista. Mestre em Gastroenterologia. Docente da Faculdade Campo Real. Guarapuava, PR.

Diana Souza Santos Vaz

Nutricionista. Mestre em Promoção de Saúde. Docente da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Guarapuava, PR.

Marina Hamerski

Nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Clínica.

Dalton Luiz Schiessel

Nutricionista. Doutor em Biologia Celular. Docente da Universidade Estadual do Centro-Oeste. Guarapuava, PR.

Vania Schmitt

Nutricionista. Mestre em Desenvolvimento Comunitário. Docente da Faculdade Campo Real. Guarapuava, PR.

Caryna Eurich Mazur

Nutricionista. Mestre em Segurança Alimentar e Nutricional. Docente da Faculdade Campo Real. Guarapuava, PR.

Publicado

31.12.2016

Como Citar

Maurina, M. A., Benincá, S. C., Souza Santos Vaz, D., Hamerski, M., Schiessel, D. L., Schmitt, V., & Eurich Mazur, C. (2016). COMPARAÇÃO ENERGÉTICA E DE MICRONUTRIENTES ENTRE DIETAS ENTERAIS FORNECIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Revista De Saúde Pública De Santa Catarina, 9(3). Recuperado de https://revista.saude.sc.gov.br/index.php/files/article/view/170