REPERCUSSÃO SISTÊMICA E TERAPÊUTICA UTILIZADA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Palavras-chave:
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Saúde Pública, TerapêuticaResumo
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tem como característica principal a limitação ao fluxo aéreo, não sendo totalmente reversível, mas podendo ser prevenida e tratada. As repercussões sistêmicas da doença podem levar a internação hospitalar por consequências de características próprias da doença e inflamação nas vias aéreas. A pesquisa objetiva conhecer as principais repercussões sistêmicas e a terapêutica utilizada em pacientes, com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, internados em uma unidade hospitalar. Trata-se de um estudo prospectivo, quantitativo e documental, realizado em um Hospital Público de referência na assistência a patologias cardiopulmonares, composto por pacientes de ambos os sexos internados com diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica confirmado no prontuário. As variáveis analisadas estiveram relacionadas à história clínica (etilismo, tabagismo, doenças associadas), as repercussões sistêmicas (fraqueza muscular, perda de peso e retenção CO2), as complicações clínicas (desconforto e infecção respiratória), a terapêutica clínica (oxigenoterapia, ventilação não invasiva e ventilação mecânica) e terapêutica fisioterápica. Utilizou-se a estatística descritiva. Foram coletados dados de 31 prontuários de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, 21(68%) do sexo feminino e 10(32%) do sexo masculino com média de idade de 66,5 anos. As repercussões sistêmicas mais presentes foram: retenção de CO2 19(61%), fraqueza muscular 13(42%) e perda de peso 12(39%). No que se refere à terapêutica clínica, farmacológica e fisioterápica foram utilizados: oxigenoterapia 30(97%), corticóides 25(81%), broncodilatadores 23(74%), antibióticos 20(65%), e alguns utilizaram VNI 5 (16%) e, 23(74%) tinham indicação de fisioterapia. Constatou-se que as principais repercussões sistêmicas foram a retenção de CO2, fraqueza muscular e perda de peso. As terapêuticas utilizadas foram propostas para melhorar e/ou reverter os sintomas apresentados pelos pacientes a fim de reduzir o tempo de internamento e morbimortalidade.